quarta-feira, 13 de outubro de 2010

OE ou Não é – ou a arte de dramatizar

Continuamos o nosso rumo insano de debate politico que só serve para alimentar capas de jornal e debates televisivos permanentemente sobre o mesmo tom dramático e pesado. Parece que se generalizou a toda a informação o registo televisivo de Artur Albarran há uns anos atrás “O drama, o Horror… a tragédia”.

Meus caros, a tragédia já aconteceu, e foi quando o povo Português permitiu a vitória (?) do PS, em particular e com especial dramatismo nas eleições de 2009. Ficou ai definitivamente traçada a nossa tragédia. Que raio de dilema é este por causa da aprovação ou não do OE de 2011 (que ainda ninguém conhece, a não ser (talvez) o ministro das finanças), mas sobre o qual todos clamam aprovação. Eu por mim, não costumo assinar documentos em branco, sem ler o que lá está escrito, mas a classe politica iluminada, lá deverá saber. Mas o mais importante nem sequer é este facto. O essencial é que não é este orçamento que vai salvar as finanças publicas, muito menos a economia Portuguesa.

Por muito que nos custe, creio bem que independentemente de termos o orçamento aprovado ou não, é inevitável uma intervenção externa em Portugal (FMI ou outra rapaziada pouco recomendável), porque o disparate já está feito. Despesa atrás de despesa sem controlo, sem capacidade politica de a reduzir. O que está em causa na verdade é saber quem fica com o ónus desta praticamente inevitável intervenção : o Governo porque não sabe governar, ou a oposição porque não aprovou o tal OE que seria a nossa salvação…

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