segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Massa Critica

"Uma Massa Crítica (MC) é um passeio no meio da cidade feito em transportes não poluentes. Realiza-se sempre na última sexta-feira de cada mês às 18h00, partindo de um local pré-determinado.
As MC também são conhecidas nos países lusófonos como bicicletadas porque a maioria dos participantes desloca-se em bicicleta. O termo Massa Crítica é mais apropriado porque encoraja-se a participação de pessoas que se deslocam de outras formas não-poluentes: patins, skate, trotinete, etc.
Para lá das motivações pessoais de cada participante, a MC é uma coincidência organizada de cidadãos unidos pelo interesse em celebrar formas de transporte não poluentes e mais sustentáveis a longo prazo do que o automóvel ou outros veículos dependentes de energias não renováveis."
Em www.massacriticapt.net

Próximo passeio 6ª feira dia 31/10/2008 às 18h com inicio no Marquês de Pombal.


quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ainda a crise

Uma vez que não se fala em mais nada senão sobre a crise, quero ainda acrescentar duas considerações sobre a dita besta.
Ao que parece a crise serve de pretexto para tudo, de nacionalizações a aumento de deficit, do  regresso do Estado que tudo controla e da carta branca ao despesismo, sempre em nome da defesa da Economia.
Continuo a acreditar que os remédios, são de facto o pior remédio, pois servem apenas para tratar sintomas, e não tratar as causas. As medidas paliativas inauguradas no OE e que se vão suceder nas próximas semanas e meses servem apenas para que se prolongue a agonia do doente, que vendo os sintomas da crise aliviar, acha que pode continuar a gastar o que não tem como fez nas ultimas décadas. A origem do mal está no consumo desenfreado generalizado, das famílias ao Estado, na incompreensão do facto que os recursos são de facto escassos e limitados, e na ilusão de que podemos crescer indefinidamente a ritmos infinitamente crescentes. Esta é a verdadeira raiz do problema da Economia Real (gosto do termo, pois serve para nos relembrar que existe uma economia irreal, e é sobre essa que infelizmente cada vez mais vivemos).
Outro fenómeno que ressalta desta crise, é o facto de todos quererem achar um culpado: Ora  o culpado é o Estado que não regulou, ora são os Capitalistas que não avaliaram bem o risco, os analistas, os supervisores, ... Até os 4 cavaleiros, perdão banqueiros, do Apocalipse vem à televisão dizer que "alguém vai ter que dar explicações ao Mundo sobre o sucedido". Tristes episódios fazem-me lembrar mais um ditado "quando não há pão em casa todos gritam e ninguém tem razão". A culpa desta crise é de todos nós que caímos na armadilha e na vertigem da ambição cega, de consumir além das nossas possibilidades. E no final, se a culpa é de todos, quem a vai pagar é o mesmo do costume.
Para uma explicação da crise não é preciso nenhum guru de Economia. Atentem à letra da música de Chico Buarque, "O Malandro":

O malandro/Na dureza
Senta à mesa/Do café
Bebe um gole/De cachaça
Acha graça/E dá no pé

O
garçom/No prejuízo
Sem sorriso/Sem freguês
De passagem/Pela caixa
Dá uma baixa/No português

O galego/Acha estranho
Que o seu ganho/Tá um horror
Pega o lápis/Soma os canos
Passa os danos/Pro distribuidor

Mas o frete/Vê que ao todo
Há engodo/Nos papéis
E pra cima/Do alambique
Dá um
trambique/De cem mil réis

O usineiro/Nessa luta
Grita(ponte que partiu)
Não é idiota/Trunca a nota
Lesa o Banco/Do Brasil

Nosso banco/Tá cotado
'Tá cotado
No mercado/Exterior
Então taxa/A cachaça
A um preço/Assustador

Mas os ianques/Com seus tanques
Têm bem mais o/Que fazer
E proíbem/Os soldados
Aliados/De beber

A cachaça/Tá parada
Rejeitada/No barril
O alambique/Tem
chilique
Contra o Banco/Do Brasil

O usineiro/
Faz barulho
Com orgulho/De produtor
Mas a sua/Raiva cega
Descarrega/No carregador

Este chega/Pro galego
Nega
arrego/Cobra mais
A cachaça/Tá de graça
Mas o frete/Como é que faz?

O galego/Tá apertado
Pro seu lado/Não tá bom
Então deixa/Congelada
A mesada/Do
garçom

O
garçom vê/Um malandro
Sai gritando/Pega ladrão
E o malandro/
Autuado
É julgado e condenado culpado
Pela situação


E assim dizia a voz do Feiticeiro.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Crise? Viva a crise!

Fala-se por ai de uma crise de dimensões nunca vistas. Que o mundo de prosperidade em que vivemos nos últimos anos, acabou. Nem sei bem que prosperidade é esta de que falam. Se bem me lembro já ouço falar que estamos em crise, e de que no próximo ano é que haverá a retoma económica, há pelo menos 7 ou 8 anos... Se isto era prosperidade...
Tentando investigar melhor que crise será esta afinal fui ver um site com cotações online (ao que parece é uma crise financeira!) Acções a cair, algumas desceram 70% desde o inicio do ano! No entanto, e olhando um gráfico a 2 anos, quase nenhuma cotação está abaixo do valor que tinham nessa altura. Será crise, ou apenas uma correcção do mercado? Um espirro do sistema a tentar expurgar excessos? Tal como o meio ambiente reage aos excessos, também o sistema económico-financeiro, que de morto não tem nada, reage a excessos e ilusões de crescimento de que nos fomos alimentando nos últimos anos. E creio que os "remédios" propostos para esta gripe possam ser piores, do que a gripe em si. É que as gripes não se tratam com antibióticos, mas antes com um bom chá quente, muito descanso, e uma manta quente sobre os pés.
Uma velha frase diz que as bandeiras são sempre mais bonitas com o vento contra, e é nos momentos de maior necessidade que o Homem se supera, em que o apelo à criatividade e à inovação são mais estimulados. O mundo ocidental está gordo e anafado. Uma dieta de canja de galinha só lhe vai fazer bem para despertar o que de melhor existe no espírito dos Homens, para revelar lideranças, e para expurgar a gordura em excesso.
Crise? Viva a crise!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

5 de Outubro 1143 - Tratado de Zamora

Hoje, 5 de Outubro de 2008, comemoram-se 865 anos sobre a data em que foi reconhecido a Portugal a independência do reino de Castela, através da assinatura do Tratado de Zamora.
A bandeira de Portugal que tenho em casa é Azul, símbolo do nosso sentido universalista e da ligação incontornável ao oceano, e Branca, a cor da fraternidade, da harmonia e da Paz.
Sou Monárquico porque acredito na nossa Herança comum de Nação com mais de 800 anos.
Porque acredito que só a Monarquia pode perpetuar o nosso Património cultural (Língua, arte, arquitectura) e património Natural (Ambiental e agrícola) colocando o espaço e o tempo em que existimos como Portugueses acima de interesses partidários efémeros.
Porque só a figura do Rei, enquanto corporização independente da alma Nacional, pode ser o garante da continuação da identidade da nossa Pátria.
Porque acredito que o mundo global que hoje construimos será melhor se o construirmos na diversidade, acreditando que o que nos torna únicos no mundo, é uma mais valia para nós e para os outros.
Sou monárquico porque acredito que apesar dos preconceitos, Portugal e os Portugueses são monárquicos.
Sou monárquico por todas as razões e por e por nenhuma.
Sou monárquico, porque acima de todas as razões, sinto que é em monarquia que melhor cumprimos o nosso destino enquanto Nação.
Viva o Rei!
Viva Portugal!