quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Determinação

O que está a ser feito com este orçamento é apenas o principio, de algo mais difícil e permanente que tem que ser feito ao estado do Estado. Encolhê-lo, não de forma excepcional (ainda que com carácter mais ou menos duradouro) como é o caso dos cortes dos subsídios de férias e Natal da função Publica, mas de forma permanente. Extinguindo e fundindo serviços. Dispensando pessoas que estão a mais. Movendo outras, onde estão a mais, para onde fazem falta. Acabando com projectos, institutos, direcções gerais, empresas municipais, e por ai fora. E tudo isto não pode ser feito em 4 meses. É algo que tem que ser feito, se calhar, em 4 anos, não só pelo PSD e CDS, mas também pelo PS, porque muitas das reformas que tem que ser feitas, implicam mexer na constituição. Mas até lá, o Estado tem metas a atingir, para continuarmos a receber a ajuda externa que nos permite pagar salários aos funcionários publico: médicos, enfermeiros, professores, policias...
O Governo está agir como tinha que agir. Porque os erros que acumulámos dos últimos 15 anos, deixaram uma factura demasiado pesada a que não é possível fugir.
Custa olhar para a factura, mas não é por reclamarmos que ela é alta, que a mesma desaparece.
Não compreendo vozes como as de Pires de Lima ou de Cavaco Silva. Ao primeiro só se podem justificar as palavras por ressabiamento politico, por não ser ele a conduzir os destinos da a pasta da Economia. Por acaso Pires de Lima não está também preocupado com o completo desaparecimento da ministra da Agricultura, que além da medida emblemática das gravatas, pouco mais apresentou até ao momento? Cavaco por seu lado, poderá querer dar uma no ferro outra na ferradura, para que num futuro próximo onde a instabilidade social seja mais aguda, possa com autoridade moral apelar à contenção, sem estar demasiado comprometido com a linha governativa.

O que se tem que mudar no estado não pode ser feito de um dia para o outro, sob pena de se fazer mal. E o que tem que mudar na Economia, não pode ser feito em essência pelo Estado. Este apenas deve facilitar, agilizando o caminho. E resolver o problema essencial para o relançamento da Economia, que é ajudar a resolver o problema de liquidez dos bancos.

Andamos há 15 anos a cavar este buraco em que nos encontramos metidos, que niguém tenha ilusões que será em 2 anos que dele saímos.
Para fazer o que tem que ser feito, muitos interesses corporativos vão ter que ser mexidos, e a determinação tem que ser total. Porque só com determinação, poderemos superar à árdua tarefa que temos pela frente.

O que está para vir pode ser pior, se a Europa decidir suicidar-se nos próximos dias (ou semanas, já que se fala em adiar a cimeira). Mas também poderá trazer-nos a fortuna de ter um ambiente externo favorável, que não seja mais um peso a dificultar-nos o caminho de saida desta crise.

Os primeiros a sofrer os ataques, são os do costume: as faces independentes do Governo, Vítor Gaspar, e Álvaro Santos Pereira. Quando PPC os escolheu, sabia que seriam os primeiros alvos. Sabia também a árdua tarefa que tinham pela frente. Só peço que não vacile, não hesite. Que tenha a determinação de um líder, a determinação de fazer o que tem que ser feito.




sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Rebellion




O que nenhum politico tem coragem de  dizer, o povo já o sente.
Acabou-se o crescimento económico generalizado no Ocidente. Apenas alguma elite permanecerá, cada vez mais isolada nos seus castelo-condominios de luxo. O resto vai no caminho do retrocesso para um nível de vida de há 30 ou 50 anos atrás. Porque o dinheiro não conhece fronteiras. E o dinheiro quer estar onde cresce. E o dinheiro cresce para além do ocidente, nos países que passaram ao lado do desenvolvimento no sec. XX, e que agora emergem, Brasil, China, India, Russia, alguma Africa.


No fundo, existe uma certa justiça global, onde os países menos pobres serão um pouco menos pobres, e os países ricos se tornarão um pouco menos ricos.

A rebelião está em curso. Mas ainda não viram nada. Os apertos que estão para vir ainda serão pouco, para o que sucederá nos próximos 20 anos. Apesar de toda a austeridade, ainda viveremos melhor que o Brasileiro médio, que o Indiano médio, que o Chinês médio. Mas o movimento de convergência está em curso, e já nada podemos fazer. Os dados já foram jogados.

E quando o cidadão médio chegar ao ponto de desespero, em que já não tem nada mais para perder, então sim, acontecerá a rebelião.

domingo, 26 de junho de 2011

A rota da mudança

O novo Governo tem cumprido as melhores expectativas que dele tinha.
Tem sido o exemplo que deve vir de cima :as simbólicas mas importantes medidas de mudança de hábitos despesistas quotidianos, nas viagens, motoristas, horas extra ordinárias...;
Os sinais certos de abertura à sociedade civil, começando pela composição do governo com 4 membros independentes, 4 do PSD e 3 do CDS, gente nova que não precisava da politica para afirmar o seu valor, mas que decidiram assumir a missão da causa publica;
Sinais de empenho na coligação, ao delegar em Paulo Portas os encontros com os partidos parlamentares;
Os sinais certos mais uma vez, pela irritação que tem causado em alguns sectores do PSD, por seguir as lógicas aparelhistas. Este incomodo no aparelho é talvez o melhor sinal de que está no caminho certo.

E depois, há o ar de esperança, confiança e renovação, que não sentia desde o tempo da AD de Sá Carneiro em 79/80 (ainda eu um miúdo de calções), em que se sentia determinação, coerência, lealdade e valores políticos, e uma forte vontade de servir o País.

O principal está ainda por demonstrar, mas os primeiros Passos prometem.
Os desafios são grandes, maiores que no tempo de Sá Carneiro. Veremos se o tempo cumpre a esperança que pressinto neste Governo.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Mudar

Já está assinada pelo próximo primeiro ministro de Portugal. E que grande primeiro ministro vai ser!
Todos somos necessários para a tarefa de mudar Portugal. Todos os votos são importantes, para dia 6, juntos a todas as vozes que querem devolver a esperança a Portugal, começarmos a construir o futuro.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

A Verdade, a Politica e os Media

Manuela Ferreira Leite ousou um discurso de verdade em 2009. O PS atacou-a da pior forma possível, os media não compreenderam o alcance do que dizia, e os eleitores deixaram-se iludir. O resultado trágico está a vista. A realidade comprovou que Manuela Ferreira Leite e o PSD tinham razão.

Dizer a verdade não ganhou votos.

Em 2011, na pior situação económica desde o 25 de Abril, com um número recorde de 700.000 desempregados, uma divida publica astronómica, cortes nos apoios sociais como nunca tivemos que fazer, necessitados do empréstimo externo do FMI e EU para não declararmos bancarrota, Portugal tem a escolha politica mais importante da sua democracia recente.

A verdade e a coragem de ser intelectualmente honesto no que se diz e se pensa, não pode ser vencida pela manipulação, pela mentira e pela ilusão. Os media tem um papel fundamental na desmontagem do espectáculo mediático, sintetizando o que é fundamental.

Portugal tem a oportunidade de mudar de rumo a 5 de Junho, de acordar dia 6 com um novo primeiro ministro que prefere a verdade e a honestidade, à ilusão e mentira para ganhar votos.

Porque o nosso pesadelo ainda pode ser pior (vejam o caso a Grego), para que o futuro possa ser de esperança, em 2011 Portugal escolherá a verdade.

 

sábado, 21 de maio de 2011

A Mudança inadiável - acorda Portugal

Começa oficialmente o período de campanha eleitoral, para as eleições mais decisivas do actual regime.
O que está em causa não é meramente uma escolha de clubes, ou um reality show pop de personalidades. O que está em causa é o que fazer desta encruzilhada trágica a que nos conduziu o (des)governo Socialista nos últimos 6 anos.
A decisão é entre saber se no dia 6 de Junho voltamos a ter como primeiro ministro aquele que nos conduziu à beira da bancarrota, que apresenta como único programa continuar o percurso que nos conduziu a este desastre. Continuar TGV, continuar despesa publica cega em nome do Estado social que vai desmantelando, dizendo que o defende, asfixiando a economia e com isso aumentando o numero de desempregados, batendo sucessivos recordes.
É que por esse caminho, o desastre pode ser ainda maior do que já temos hoje e iremos ter até ao final da década.
A Grécia foi alvo de um plano de resgate faz agora cerca de 1 ano. Nessa altura a taxa de juro cobrada nos mercados secundários a 2 anos era de 7,198% (28-05-2010). Ontem era, para o mesmo prazo de 2 anos de 25,175%! A nossa taxa, hoje a 2 anos já é de 10,958%. O filme de terror pode ainda piorar...
E uma vitória do PS poderá significar não só a continuação deste filme de terror, mas o seu agravamento com fenómenos que surgem e cujo desfecho é imprevisível, como são as manifestações em Espanha, na Holanda, e soube hoje também já em Portugal. Pode ser um epifenomeno, mas pode ser também o combustível necessário para o fim do regime tal como o conhecemos.
Mas é possível evitar este caminho. É urgente inverter a tendência, injectando em todos os agentes económicos e sociais, nacionais e estrangeiros um capital de confiança e de esperança. Um projecto diferenciador, arrojado e inovador. Esse é o projecto do PSD.
O PSD é o único partido que se apresenta com hipóteses de ser mais votado que o PS, e assim provocar a mudança de governo em Portugal.
O PSD é o único partido que teve a coragem de apresentar um programa arrojado, bem estruturado, bem concretizado, com uma estratégia bem definida. teria sido mais cómodo um programa de vacuidades ou generalidades como fizeram o PS ou o CDS. Mas não é esse o caminho do PSD. O caminho que traça é de muito maior honestidade intelectual, é o caminho feito de convicções e verdade. Não é o caminho dos soundbytes, dos espectáculos pop, com encenações e lágrimas de crocodilo, mas antes é o caminho da verdade e da confiança.
Porque é esse o caminho que pode emendar a trajectória trágica que Portugal tem seguido.
Só a vitória do PSD pode preconizar a mudança de Governo.
Qualquer outro cenário que não seja o da vitória do PSD será um passo no sentido de um governo fraco e sem autoridade (desenganem-se aqueles sociais democratas que tencionam votar CDS, julgando que uma maioria PSD+CDS, com PS como partido mais votado é uma solução viável. Socrátes nunca o permitirá, o Pais não lhe sobrevirá).
É hora de concertar esforços, deixar de lado questões menores e sermos pragmáticos no voto. Só o voto do PSD pode Mudar Portugal.
É hora de acordar, é hora de mudar.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

OSAMA BIN LADEN

Osama Bin Laden está morto.

Decorridos 10 anos do maior atentado terrorista de que há memória, e o primeiro de grande escala em território americano, aquele que se tornou o símbolo do terrorismo mundial desaparece.

Mas Bin Laden, era apenas um símbolo. E o que simboliza tornou-se muito maior que ele, pelo que a sua morte é também meramente simbólica. É também um forte sinal de que aqueles responsáveis por actos hediondos como o de 11 de Setembro de 2001, não mais dormirão descansados, porque o dia da justiça pode tardar, mas chegará.

Se o 11 de Setembro foi um dia de tristeza, o dia da morte de Bin Laden não deve ser um dia de festejo. Eu teria preferido um Bin Laden trazido vivo há justiça, para ser confrontado pelos seus crimes, e pelos mesmos castigado.

Igualmente não compartilho, e compreendo mal os festejos na rua pela sua morte. Uma vida humana é sempre uma vida humana. Aliás é esta premissa que nos distingue deste género de terroristas. Como na celebre frase, Olho por olho e acaba o mundo cego, devemos ser fieis às nossas crenças, que passam pela defesa inalienável da vida humana.

O mundo mudou a 11 de Setembro de 2001. Hoje fecha-se um capitulo dessa história. Mas não nos iludamos. Com lições aprendidas, a história continua. Depois de assentar a poeira, o futuro nos dirá como os movimentos terroristas irão incorporar esta lição.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Entre quem nos conduziu à tragédia e Passos Coelho, ainda tem duvidas?

Sejamos pragmáticos: Entre continuar com Sócrates como PM, ou Passos Coelho como rosto de mudança o que prefere?

Sócrates é o principal responsável pela tragédia que se acometeu sobre Portugal nos últimos anos. É responsável pela estratégia de governo errada e que nos conduziu a este beco sem saída. Pela politica de despesa publica desmedida e descontrolada, pela politica de estado social que mais do que defende-lo criou as condições para arruiná-lo, pelos lobbies que instalou e que engrossam e minam o gigante aparelho do Estado. Espero ainda que à lista de irresponsabilidades, não se junte a bancarrota de que ainda não estamos livres. Por tudo isto e muito mais, Socrates nunca mais.

Perante este facto, qual a única personalidade presente a eleições tem possibilidade de ser o próximo primeiro ministro: Pedro Passos Coelho.

Vai ser mais do mesmo? Não sei, mas vai ser diferente, de um partido diferente, e só por isso pragmaticamente é a nossa única escolha. O homem (PPC) não será perfeito, comete erros, irá cometer ainda mais, mas caramba, deixemos de ansiar por homens providenciais, salvadores da Pátria. Não existem. E os que se fazem passar por tal ou roçam o perfil do ditador ou mentem (ou ambos).

As forças moderadas deste pais têm que compreender estes factos. Se Sócrates não serve, o caminho terá que passar por Passos Coelho. De forma muito pragmática temos que o aceitar com os defeitos e virtudes que tem. E tem bem mais virtudes (não será difícil) do que a sinistra figura de Sócrates. Ninguém é perfeito, PPC concerteza não o será. Mas é ele que temos para enfrentar a besta, é ele que está a dar a cara numa das situações politicas mais difíceis desde o 25 de Abril. Quem neste turbilhão não cometeria erros?  

 

Esta primavera está a fazer-se quente, mas é essencial manter a cabeça fria, e concentrarmo-nos no essencial: em vez de jogar o jogo do bandido, reagindo a cada movimento seu, ou de cabeça quente questionar cada movimento menos acertado de PPC, há que sair para rua e denunciar, todos os dias, a todas as horas, a farsa que nos conduziu à tragédia, e acima de tudo mostrar qual o único caminho viável, independentemente de falhas ou erros que se lhe possam apontar, se queremos um caminho pós eleições, o caminho só pode ser com Passos Coelho com uma votação muito significativa que lhe permita uma maioria de direita.

 

O tempo escoa, e não teremos muito mais oportunidades de redenção. É hora de mobilização e de cerrar fileiras.

 

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Não saio porque ninguém é mais experiente que eu!

Vitalino Canas alerta para a inexperiência de Nobre e de Passos. Já Salazar se queixava do mesmo da sua oposição para justificar perpetuar-se no poder.

 

quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma questão meramente contabilistica - ou a credibilidade que não existe

O deficit sem impacto contabilístico foi de 6,8%, apenas contabilisticamente é de 8,6%. Qual deles é que interessa para Bruxelas? Alguém falou em cambalhotas politicas no fim de semana, não foi?

terça-feira, 22 de março de 2011

Demita-se, sr. Primeiro-ministro. Para bem de Portugal.

Fonte: Bloomberg, índice de taxas a 10 anos, Portugal

Os efeitos de cada PEC não duram mais de 2/3 meses no mercado, e a cada PEC que passa, a taxa de juro acaba por ficar cada vez mais alta. Em 01 de Janeiro de 2010 a taxa a 10 anos era de 4%, hoje é de 7.4% São precisas medidas, mas não estas que o governo tem vindo a tomar. É necessário atacar a raiz do problema, com medidas estruturais e não conjunturais. O problema actual é de credibilidade, e este governo perdeu-a toda, junto dos mercados, e nos partidos em Portugal com quem poderia ter encontrado uma solução, mas junto dos quais já não tem réstia de confiança. Se olharmos para o gráfico, é trágico verificar que o evento a partir do qual os juros começaram a subir numa progressão de médio prazo imparável foi desde que o PS venceu as Eleições.

A atitude patriótica de José Sócrates será a demissão. E a bem do consenso alargado de que o pais necessita, nem sequer deveria recandidatar-se pois já não é um interlocutor válido, credível e de confiança, para se construir uma solução para Portugal.