quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Determinação
O Governo está agir como tinha que agir. Porque os erros que acumulámos dos últimos 15 anos, deixaram uma factura demasiado pesada a que não é possível fugir.
Custa olhar para a factura, mas não é por reclamarmos que ela é alta, que a mesma desaparece.
Não compreendo vozes como as de Pires de Lima ou de Cavaco Silva. Ao primeiro só se podem justificar as palavras por ressabiamento politico, por não ser ele a conduzir os destinos da a pasta da Economia. Por acaso Pires de Lima não está também preocupado com o completo desaparecimento da ministra da Agricultura, que além da medida emblemática das gravatas, pouco mais apresentou até ao momento? Cavaco por seu lado, poderá querer dar uma no ferro outra na ferradura, para que num futuro próximo onde a instabilidade social seja mais aguda, possa com autoridade moral apelar à contenção, sem estar demasiado comprometido com a linha governativa.
O que se tem que mudar no estado não pode ser feito de um dia para o outro, sob pena de se fazer mal. E o que tem que mudar na Economia, não pode ser feito em essência pelo Estado. Este apenas deve facilitar, agilizando o caminho. E resolver o problema essencial para o relançamento da Economia, que é ajudar a resolver o problema de liquidez dos bancos.
Andamos há 15 anos a cavar este buraco em que nos encontramos metidos, que niguém tenha ilusões que será em 2 anos que dele saímos.
Para fazer o que tem que ser feito, muitos interesses corporativos vão ter que ser mexidos, e a determinação tem que ser total. Porque só com determinação, poderemos superar à árdua tarefa que temos pela frente.
O que está para vir pode ser pior, se a Europa decidir suicidar-se nos próximos dias (ou semanas, já que se fala em adiar a cimeira). Mas também poderá trazer-nos a fortuna de ter um ambiente externo favorável, que não seja mais um peso a dificultar-nos o caminho de saida desta crise.
Os primeiros a sofrer os ataques, são os do costume: as faces independentes do Governo, Vítor Gaspar, e Álvaro Santos Pereira. Quando PPC os escolheu, sabia que seriam os primeiros alvos. Sabia também a árdua tarefa que tinham pela frente. Só peço que não vacile, não hesite. Que tenha a determinação de um líder, a determinação de fazer o que tem que ser feito.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Rebellion
domingo, 26 de junho de 2011
A rota da mudança
sexta-feira, 3 de junho de 2011
Mudar
sexta-feira, 27 de maio de 2011
A Verdade, a Politica e os Media
Manuela Ferreira Leite ousou um discurso de verdade em 2009. O PS atacou-a da pior forma possível, os media não compreenderam o alcance do que dizia, e os eleitores deixaram-se iludir. O resultado trágico está a vista. A realidade comprovou que Manuela Ferreira Leite e o PSD tinham razão.
Dizer a verdade não ganhou votos.
Em 2011, na pior situação económica desde o 25 de Abril, com um número recorde de 700.000 desempregados, uma divida publica astronómica, cortes nos apoios sociais como nunca tivemos que fazer, necessitados do empréstimo externo do FMI e EU para não declararmos bancarrota, Portugal tem a escolha politica mais importante da sua democracia recente.
A verdade e a coragem de ser intelectualmente honesto no que se diz e se pensa, não pode ser vencida pela manipulação, pela mentira e pela ilusão. Os media tem um papel fundamental na desmontagem do espectáculo mediático, sintetizando o que é fundamental.
Portugal tem a oportunidade de mudar de rumo a 5 de Junho, de acordar dia 6 com um novo primeiro ministro que prefere a verdade e a honestidade, à ilusão e mentira para ganhar votos.
Porque o nosso pesadelo ainda pode ser pior (vejam o caso a Grego), para que o futuro possa ser de esperança, em 2011 Portugal escolherá a verdade.
sábado, 21 de maio de 2011
A Mudança inadiável - acorda Portugal
segunda-feira, 2 de maio de 2011
OSAMA BIN LADEN
Osama Bin Laden está morto.
Decorridos 10 anos do maior atentado terrorista de que há memória, e o primeiro de grande escala em território americano, aquele que se tornou o símbolo do terrorismo mundial desaparece.
Mas Bin Laden, era apenas um símbolo. E o que simboliza tornou-se muito maior que ele, pelo que a sua morte é também meramente simbólica. É também um forte sinal de que aqueles responsáveis por actos hediondos como o de 11 de Setembro de 2001, não mais dormirão descansados, porque o dia da justiça pode tardar, mas chegará.
Se o 11 de Setembro foi um dia de tristeza, o dia da morte de Bin Laden não deve ser um dia de festejo. Eu teria preferido um Bin Laden trazido vivo há justiça, para ser confrontado pelos seus crimes, e pelos mesmos castigado.
Igualmente não compartilho, e compreendo mal os festejos na rua pela sua morte. Uma vida humana é sempre uma vida humana. Aliás é esta premissa que nos distingue deste género de terroristas. Como na celebre frase, Olho por olho e acaba o mundo cego, devemos ser fieis às nossas crenças, que passam pela defesa inalienável da vida humana.
O mundo mudou a 11 de Setembro de 2001. Hoje fecha-se um capitulo dessa história. Mas não nos iludamos. Com lições aprendidas, a história continua. Depois de assentar a poeira, o futuro nos dirá como os movimentos terroristas irão incorporar esta lição.
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Entre quem nos conduziu à tragédia e Passos Coelho, ainda tem duvidas?
Sejamos pragmáticos: Entre continuar com Sócrates como PM, ou Passos Coelho como rosto de mudança o que prefere?
Sócrates é o principal responsável pela tragédia que se acometeu sobre Portugal nos últimos anos. É responsável pela estratégia de governo errada e que nos conduziu a este beco sem saída. Pela politica de despesa publica desmedida e descontrolada, pela politica de estado social que mais do que defende-lo criou as condições para arruiná-lo, pelos lobbies que instalou e que engrossam e minam o gigante aparelho do Estado. Espero ainda que à lista de irresponsabilidades, não se junte a bancarrota de que ainda não estamos livres. Por tudo isto e muito mais, Socrates nunca mais.
Perante este facto, qual a única personalidade presente a eleições tem possibilidade de ser o próximo primeiro ministro: Pedro Passos Coelho.
Vai ser mais do mesmo? Não sei, mas vai ser diferente, de um partido diferente, e só por isso pragmaticamente é a nossa única escolha. O homem (PPC) não será perfeito, comete erros, irá cometer ainda mais, mas caramba, deixemos de ansiar por homens providenciais, salvadores da Pátria. Não existem. E os que se fazem passar por tal ou roçam o perfil do ditador ou mentem (ou ambos).
As forças moderadas deste pais têm que compreender estes factos. Se Sócrates não serve, o caminho terá que passar por Passos Coelho. De forma muito pragmática temos que o aceitar com os defeitos e virtudes que tem. E tem bem mais virtudes (não será difícil) do que a sinistra figura de Sócrates. Ninguém é perfeito, PPC concerteza não o será. Mas é ele que temos para enfrentar a besta, é ele que está a dar a cara numa das situações politicas mais difíceis desde o 25 de Abril. Quem neste turbilhão não cometeria erros?
Esta primavera está a fazer-se quente, mas é essencial manter a cabeça fria, e concentrarmo-nos no essencial: em vez de jogar o jogo do bandido, reagindo a cada movimento seu, ou de cabeça quente questionar cada movimento menos acertado de PPC, há que sair para rua e denunciar, todos os dias, a todas as horas, a farsa que nos conduziu à tragédia, e acima de tudo mostrar qual o único caminho viável, independentemente de falhas ou erros que se lhe possam apontar, se queremos um caminho pós eleições, o caminho só pode ser com Passos Coelho com uma votação muito significativa que lhe permita uma maioria de direita.
O tempo escoa, e não teremos muito mais oportunidades de redenção. É hora de mobilização e de cerrar fileiras.
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Não saio porque ninguém é mais experiente que eu!
Vitalino Canas alerta para a inexperiência de Nobre e de Passos. Já Salazar se queixava do mesmo da sua oposição para justificar perpetuar-se no poder.
quinta-feira, 31 de março de 2011
Uma questão meramente contabilistica - ou a credibilidade que não existe
O deficit sem impacto contabilístico foi de 6,8%, apenas contabilisticamente é de 8,6%. Qual deles é que interessa para Bruxelas? Alguém falou em cambalhotas politicas no fim de semana, não foi?
terça-feira, 22 de março de 2011
Demita-se, sr. Primeiro-ministro. Para bem de Portugal.
Fonte: Bloomberg, índice de taxas a 10 anos, Portugal
Os efeitos de cada PEC não duram mais de 2/3 meses no mercado, e a cada PEC que passa, a taxa de juro acaba por ficar cada vez mais alta. Em 01 de Janeiro de 2010 a taxa a 10 anos era de 4%, hoje é de 7.4% São precisas medidas, mas não estas que o governo tem vindo a tomar. É necessário atacar a raiz do problema, com medidas estruturais e não conjunturais. O problema actual é de credibilidade, e este governo perdeu-a toda, junto dos mercados, e nos partidos em Portugal com quem poderia ter encontrado uma solução, mas junto dos quais já não tem réstia de confiança. Se olharmos para o gráfico, é trágico verificar que o evento a partir do qual os juros começaram a subir numa progressão de médio prazo imparável foi desde que o PS venceu as Eleições.
A atitude patriótica de José Sócrates será a demissão. E a bem do consenso alargado de que o pais necessita, nem sequer deveria recandidatar-se pois já não é um interlocutor válido, credível e de confiança, para se construir uma solução para Portugal.